Biópsia embrionária - Dra Fernanda Guttilla - Ginecologia - Obstetrícia - Reprodução Humana
Biópsia embrionária
A biópsia embrionária surgiu como a solução dos problemas no tratamento de fertilização in vitro. Mas vamos com calma... Algumas considerações devem ser feitas.
O que é a biopsia embrionária?
É a retirada de células do embrião no laboratório e enviar para avaliação cromossômica e/ou genética. Pode ser feita no embrião de terceiro dia de desenvolvimento ou em estágio de blastocisto, embrião no quinto dia de desenvolvimento. Atualmente é feito no blastocisto pois é possível retirar mais de uma célula sem prejudicar o embrião.
O que é analisado?
Pode ser feito um screening pré-gestacional (PGS) de alterações cromossômicas, para evitar o risco de síndromes como Síndrome de Down ou diminuir o risco de abortamento. Ou um diagnóstico pré-gestacional (PGD) quando o pai ou a mãe apresentam alguma alteração cromossômica (geralmente uma translocação balanceada) ou doença monogênica como Doença de Huntington ou hemofilia.
Qual a taxa de resultado normal da biópsia é esperado?
Depende da idade e da doença analisada. Mas de um modo geral, pelo menos metade dos embriões são alterados.
Se podemos excluir riscos, então todos os casais podem ser beneficiados por essa técnica?
Não é porque existe essa técnica que ela deva ser indicada para todos. As indicações principais para PGS é a idade avançada da mulher, antecedente de abortamento de repetição, antecedente de filho com cromossomopatia ou falhas de fertilização in vitro. Além disso, é um procedimento a mais que submetemos o embrião e apesar de não diminuir a taxa de gestação, é mais um stress que o embrião sofre.
Quando uma alteração é identificada, o que podemos fazer?
A alteração não pode ser corrigida. Então ela é usada somente para diagnóstico. Não é porque um embrião é alterado, que todos serão. Então, dependendo do histórico do casal, podemos juntar um número maior de embriões para biopsiar ou optar pela ovodoação.
Assim, refletindo que o embrião deverá ser submetido a mais um procedimento, que a maioria dos embriões são alterados, que o mais provável é que o embrião alterado resulte em um aborto ou falha do tratamento e que o procedimento não corrige o embrião, devemos decidir com cuidado a melhor conduta para cada caso.
ATENÇÃO: CONSULTE SEMPRE O SEU MÉDICO.
As informações contidas neste site não devem ser usadas para automedicação e não substituem, em hipótese alguma, as orientações dadas pelo profissional da área médica. Somente o médico está apto a diagnosticar qualquer problema de saúde e prescrever o tratamento adequado. Ao persistirem os sintomas, um médico deverá ser consultado.
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