KIR e HLA: a investigação imunológica mais falada no momento no mundo da FIV - Dra Fernanda Guttilla - Ginecologia - Obstetrícia - Reprodução Humana
KIR e HLA: a investigação imunológica mais falada no momento no mundo da FIV
por Dra Fernanda Guttilla
Pacientes com aborto de repetição ou falha de implantação continua sendo um grande desafio na medicina reprodutiva. Atualmente a pesquisa imunológica é o foco de investigação.
Um conceito importante é que a mãe deve reconhecer o embrião como um corpo estranho e iniciar uma reação imunológica que permite a implantação e invasão do embrião no útero.
As células NK (Natural Killer) são essenciais nesse processo. Possuem receptores (KIR – Killer Immunoglobulin like Receptor) reconhecem como estranho o HLA-C paterno (Antígeno Leucocitário Humano – C) presentes no embrião (trofoblasto) e assim inicia-se a invasão.
O útero da mãe possui Células NK- KIR AA, AB e BB (um gene herdado de seu pai e outro de sua mãe). O tipo A leva a inibição e o B a estimulação.
O HLA C pode ser dividido em C1C1, C1C2 e C2C2 (um gene herdado da mãe e outro do pai). O C1 é neutro e o C2 apresenta uma ligação mais forte.
Dessa forma, quanto mais A e C2, maior o efeito inibitório e menor reconhecimento do embrião.
Alguns trabalhos publicados sugerem que mãe com padrão KIR AA se beneficiariam de transferência de um embrião, não dois ou três, pois levaria a menor inibição da resposta imunológica principalmente se embrião expressar HLA C2C2.
Mais estudos são necessários para esclarecer essa relação pois alguns pontos devem ser enfatizados:
- De um modo geral, ainda temos maior taxa de gravidez quando transferimos 2 embriões
- Os estudos focam pacientes com falha de implantação ou aborto de repetição
- Para se comprovar essa teoria, os embriões deveriam ser investigados
- Outras subclasses do HLA e outros linfócitos estão envolvidos no processo de implantação
De qualquer forma, a transferência seletiva de um embrião tem sido estimulada para evitar gestação múltipla e o exame sérico materno do KIR ainda não é realizado nos laboratórios.
ATENÇÃO: CONSULTE SEMPRE O SEU MÉDICO.
As informações contidas neste site não devem ser usadas para automedicação e não substituem, em hipótese alguma, as orientações dadas pelo profissional da área médica. Somente o médico está apto a diagnosticar qualquer problema de saúde e prescrever o tratamento adequado. Ao persistirem os sintomas, um médico deverá ser consultado.
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